segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A terminologia moderna para a descrição das técnicas de massagem deriva das línguas inglesa e francesa.

A técnica de massagem ajusta-se a um dos seguintes nomes:
1. técnicas de effleurage ou deslizamento;
2. técnicas de compressão;
3. técnicas de massagem linfática;
4. técnicas de percussão;
5. técnicas de fricção;
6. técnicas de vibração e agitação;
7. técnicas de trabalho corporal.

Um erro comum em relação à eficácia da massagem é presumir que o terapeuta deva aplicar golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam necessárias mãos poderosas e uma considerável força física.
O requisito mais importante para uma massagem eficaz é uma boa técnica, aplicada com esforço mínimo. Na maior parte dos movimentos de massagem, a posição do terapeuta é um aspecto essencial da técnica.
O modo como às mãos são usadas é tão relevante para a técnica de massagem quanto à postura corporal. Qualquer tensão nas mãos do terapeuta pode refletir ansiedade, que será facilmente transferida para o paciente e impedirá qualquer tentativa de induzir ao relaxamento.
Efeitos gerais

Além do relaxamento e do apoio emocional que oferece, a massagem terapêutica é benéfica devido à sua influência sobre diversos processos orgânicos. Essas conseqüências ou efeitos são considerados mecânicos, neurais, químicos e fisiológicos (Yates, 1989) ou simplesmente mecânicos e reflexos (Mennell, 1920). Todos esses efeitos são relevantes e, na verdade, estão inter-relacionados, uns com os outros e com fatores emocionais subjacentes.
O efeito mecânico refere-se às influências diretas que a massagem exerce sobre os tecidos moles que estão sendo manipulados. Entretanto, é difícil atribuir a uma manobra de massagem um efeito que seja puramente mecânico, porque até mesmo o simples contato com a pele do paciente estabelece uma resposta tipo reflexo neural. Uma interação psicogênica/energética provavelmente também ocorre entre o paciente e o terapeuta como resultado desse contato. Contudo, para fins de classificação, precisamos apresentar algumas técnicas como predominantemente mecânicas, com um efeito físico direto; o alongamento e o relaxamento dos músculos são exemplos. A melhora no fluxo sangue e linfa, bem como o movimento para a frente dos conteúdos intestinais, representa outra ação mecânica.
A conexão entre a manipulação do tecido mole e a função orgânica está estreitamente relacionada com o suprimento neural nos dermátomos e miótomos. Essas distribuições segmentais ocorrem como parte do desenvolvimento embrionário e representam a inervação dos tecidos periféricos pelos nervos da coluna. Em muitos casos, os ramos dos nervos da coluna inervam outros tecidos e órgãos do corpo; por exemplo, músculos, tecidos superficiais e órgãos viscerais com freqüência partilham nervos comuns na coluna. Como conseqüência dessa associação, a disfunção de um órgão pode ser refletida naqueles dermátomos e miótomos que partilham o mesmo nervo espinhal que o órgão em questão (Schliack, 1978), e a conexão manifesta-se e pode ser observada como alteração nos tecidos periféricos (Ebner, 1962,1968 e 1978). Essas irregularidades também podem ocorrer como resultado de outros estressores, além da disfunção do órgão.
A relação entre os tecidos periféricos e os órgãos viscerais tem sido descrita por muitos médicos e autores. A patologia das vísceras é um fator primário de contribuição para alterações no tecido periférico - fato apontado pela primeira vez por Head (1898). Alguns anos depois, o envolvimento do miótomo e a sensibilidade à dor causada pela patologia foram descritos por Mackenzie (1917). Um exemplo comum é a tensão muscular e a dor abdominal associadas à apendicite, quando a inflamação do apêndice causa tensão na parede do músculo abdominal, junto com uma dor referida.
O efeito mais freqüente da massagem é a sensação geral de bem-estar, que se manifesta pela atividade autônoma. O relaxamento conquistado com a massagem tem um efeito indireto sobre o sistema nervoso autônomo (SNA) e, em particular, sobre a divisão parassimpática. O relaxamento profundo supostamente aumenta a estimulação parassimpática, e parece que, quanto mais relaxado o indivíduo torna-se durante e após a massagem, maior a estimulação. Um centro primário nesse circuito complexo é o hipotálamo, que controla a maior parte do sistema nervoso autônomo e o integra ao sistema endócrino. O hipotálamo faz parte do sistema límbico e responde aos impulsos recebidos de neurônios sensoriais viscerais e somáticos. Ele também responde a emoções internas como medo, ansiedade, expectativa e relaxamento.
Alguns resultados de pesquisas têm demonstrado a conexão reflexa entre a massagem e as ramificações simpáticas/parassimpáticas do sistema nervoso autônomo. Já foram medidas e observadas algumas mudanças em resposta ao toque da massagem na freqüência cardíaca, pressão sangüínea arterial, temperatura cutânea periférica, freqüência respiratória, resposta cutânea à corrente galvânica, diâmetro das pupilas e temperatura corporal. O contato tátil positivo tem sido associado à estimulação do sistema imunológico (Montagu, 1986). Esses são alguns indicadores da função autônoma; outros resultados, contudo, têm sido variados e, em alguns casos, contraditórios.
Os efeitos da massagem no tecido conjuntivo sobre o sistema nervoso autônomo foram o alvo de um estudo. A massagem no tecido conjuntivo foi administrada a adultos de meia-idade e a idosos; as variáveis monitoradas foram a temperatura cutânea, a resposta galvânica da pele, a pressão sangüínea arterial média e a freqüência cardíaca. O estudo não mostrou alterações significativas durante ou após a massagem (Reed e Held, 1988). Embora contrarie as expectativas, o resultado pode dever-se a diversos fatores. Por exemplo, os efeitos provavelmente são mais importantes em indivíduos com perturbações patológicas, e não em indivíduos sadios, como os que participaram do estudo. Qualquer tensão ou ansiedade, que podem ser sentidas em um ambiente controlado, também influenciam o resultado; nessas condições, os indivíduos podem necessitar de mais tempo para relaxar do que os 15 minutos das sessões realizadas no experimento. Por outro lado, uma resposta reflexa à manipulação do tecido cutâneo, como proposta pela teoria da massagem do tecido conjuntivo, teria realmente um resultado instantâneo.
Em um estudo, foi descoberto que o amassamento causava um aumento imediato e temporário na pressão sangüínea, seguido de uma diminuição (Edgecombe e Bain, 1899). O resultado está de acordo com o conceito de que a massagem provoca um aumento inicial no tônus muscular dos vasos sangüíneos, seguido de fadiga e relaxamento (Mennell, 1920). Outras observações não demonstravam alteração na pressão sangüínea durante ou após tratamentos com massagem (Cuthbertson, 1933). Um estudo mostrou uma resposta parassimpática imediata, que era indicada por uma diminuição na pressão sangüínea diastólica e sistólica; foram observadas também respostas atrasadas, algum tempo depois do tratamento, mas estas variavam de um para outro indivíduo (Barr e Taslitz, 1970).
A manipulação dos tecidos moles e, em particular, a massagem no tecido conjuntivo de Ebner, pode, portanto, induzir efeitos reflexos e benéficos no órgão ou nos órgãos associados. O processo envolve diversos efeitos reflexos, como descrito a seguir:

■ os mecanismos reflexos podem reduzir a atividade simpática e promover a vasodilatação;
■ a circulação local e sistêmica, incluindo a dos gânglios parassimpáticos, é aumentada;
■ a melhora na circulação ajuda a promover o processo de cura, reduz o espasmo muscular e melhora a capacidade de extensão do tecido conjuntivo;
■ verifica-se também um equilíbrio geral do sistema nervoso autônomo. As pesquisas acerca dos efeitos da massagem sobre o sistema nervoso autônomo mostram resultados variaveis.

Trajetos neurais

Os trajetos neurais envolvidos na massagem podem ser mais bem compreendidos pela revisão de alguns aspectos do sistema nervoso. Três tipos de neurônio formam o sistema nervoso, conforme descrito a seguir:
1. Neurônios aferentes (sensoriais). Transmitem informações dos tecidos e órgãos do corpo para o sistema nervoso central (SNC).
2. Neurônios eferentes (motores). Transmitem informações do SNC para as células efetoras (músculos ou glândulas), que recebem o impulso e a ele reagem. Os axônios de neurônios aferentes e eferentes juntam-se para formar os nervos espinhais, que emergem entre as vértebras.
3. Interneurônios. São encontrados apenas no SNC e formam conexões entre os neurônios aferentes e eferentes. Em alguns casos, entretanto, um impulso é transmitido entre neurônios aferentes e eferentes sem passar por um interneurônio; um exemplo é o reflexo do tendão patelar (ou de espasmo do joelho), no qual um golpe no tendão patelar estimula os receptores do alongamento muscular, resultando em uma contração muscular imediata. Os interneurônios também agem como "chaves" que podem ligar um impulso ou desligar e inibir sua transmissão.
O sistema nervoso é dividido em duas partes: o central (SNC), que compreende o cérebro e a medula espinhal, e o periférico, que consiste nos nervos exteriores ao SNC. O sistema nervoso periférico transmite sinais entre o SNC e todas K outras partes do corpo e consiste em 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais. Todos os nervos espinhais e a maioria dos nervos cranianos contêm axônios de neurônios aferentes e eferentes e podem, portanto, ser classificados como pertencentes às divisões aferente (sensorial) ou eferente (motora) do sistema nervoso periférico. Alguns nervos cranianos contêm apenas fibras aferentes (por exemplo, os nervos ópticos).
O aspecto eferente do sistema nervoso periférico é dividido nas partes somática e autônoma. O sistema nervoso somático é formado de fibras nervosas (motoneurônios), que partem da medula espinhal para inervar as células musculares esqueléticas. O sistema nervoso autônomo inerva músculos cardíacos e lisos, as glândulas e os neurônios do trato gastrintestinal. O último grupo de neurônios do trato gastrintestinal forma uma rede nervosa especializada (sistema nervoso entérico) na parede do trato gastrintestinal, que regula suas glândulas e seus músculos lisos. A divisão aferente do sistema nervoso periférico transmite informações dos receptores para o SNC. Uma extremidade do neurônio aferente (o axônio central) une a medula espinhal e a outra porção (a extremidade periférica), que termina no tecido ou órgão.
Receptores

Os receptores estão situados nos terminais periféricos dos neurônios aferentes (sensoriais), e sua função é responder a alterações tanto do ambiente externo quanto do interno (do próprio organismo). As fibras periféricas ou terminais dos neurônios sensoriais (como os da pele ou dos tecidos subcutâneos) podem formar o receptor. Uma célula adjacente também pode executar a mesma função, transmitindo os impulsos aos terminais nervosos do neurônio. Os receptores sensoriais respondem a mudanças em seu ambiente, iniciando a atividade neural dentro do neurônio aferente; essas atividades neurais iniciais são chamadas de potenciais graduados, que são traduzidos em potenciais de ação. O estímulo, ou a energia, que ativa um receptor sensorial pode assumir muitas formas, como tato, pressão, temperatura, luz, ondas sonoras, moléculas químicas etc. A maioria dos receptores responde especificamente a uma forma de estímulo; contudo, em potencial, todos podem ser ativados por diversas formas de energia se a intensidade for suficientemente alta. Os nociceptores, por exemplo, são estimulados por pressão, temperatura e toxinas.
Alguns receptores são encontrados nos tecidos periféricos ou na parede externa do corpo, que envolve a pele, a fáscia superficial, os tendões e as articulações. Somente a pele contém de 7 a 135 receptores sensoriais por centímetro quadrado. Os neurônios sensoriais conduzem informações dos receptores para a medula espinhal, para os trajetos ascendentes dentro da coluna e, portanto, para o cérebro (tronco cerebral, tálamo e córtex). Uma sensação descreve a consciência de um estímulo; por exemplo, a pressão que está sendo aplicada aos tecidos. Além de revelar um estímulo direto, a sensação também pode ser compreendida ou percebida - por exemplo, a sensação de dor pode ser percebida como oriunda de uma infecção ou ferimento. A estimulação de um receptor sensorial nem sempre leva a um impulso motor que emerge do corno anterior da medula.
Receptores cutâneos - agrupamento geral

1. Tipo A - Terminais nervosos livres
■ Não relacionados com nenhum receptor aparente
■ Pouca ou nenhuma cobertura de mielina
■ Sensíveis a estímulos que causam dor e alteração de temperatura
2. Tipo B -Axônios espessos mielinizados
■ Terminam em receptores que podem ser bastante complexos
■ Exemplos incluem corpúsculos de Pacini, corpúsculos de Meissner, corpúsculos de Ruffini e discos de Merkel
■ Todos os mecanoceptores, dos quais existem dois tipos {ver a seguir)
■ Todos são sensíveis ao deslocamento cutâneo, isto é, à indentação ou à pressão pelo toque
Classificação dos vários receptores

1. Corpúsculos de Pacini
■ Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento na pele-indentação (pressão com o dedo) ou pressão pelo toque
■ Também sensíveis à vibração
2. Corpúsculos de Ruffini e discos de Merkel
■ Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento na pele-indentação ou pressão pelo toque
■ Também sensíveis à pressão prolongada
3. Mecanoceptores da pele - sensíveis à pressão pelo toque
■ Tipo a:
Adaptam-se rapidamente ao estímulo e respondem com uma descarga de potenciais de ação
Provocam sensações de toque, movimento, vibração e cócegas
■ Tipo b:
Adaptam-se lentamente ao estímulo e respondem com uma descarga prolongada enquanto o estímulo permanece
Provocam sensação de pressão
4. Receptores de temperatura (termoceptores) - os existentes na pele são classificados de acordo com sua resposta ao frio e ao calor
■Tipo a (receptores de calor): Terminais nervosos livres Respondem a temperaturas entre 30 e 40°C Aumentam sua taxa de descarga durante o aquecimento
■ Tipo b (receptores de frio): Estrutura desconhecida
Estimulados por temperaturas entre 20 e 35°C Aumentam sua taxa de descarga durante o resfriamento
5. Nociceptores (receptores da dor)
■ Sensíveis a qualquer estímulo que possa causar dano aos tecidos
■ Diferem de outros receptores porque:
Emoções como o medo e a ansiedade são experimentadas junto com a sensação física
Um estímulo doloroso pode evocar uma fuga reflexa ou uma resposta de afastamento
Um estímulo doloroso pode evocar alterações físicas similares àquelas causadas por medo, ansiedade e agressão; essas são mediadas pelo sistema nervoso simpático e incluem aumento na taxa cardíaca, aumento na pressão arterial, maior secreção de adrenalina e maior concentração de glicose sangüínea
■ Os nociceptores estão localizados no terminal de pequenos neurônios aferentes isentos de mielina ou levemente mielinizados
■ Os receptores respondem a diferentes estímulos:
Alguns respondem à pressão mecânica intensa
Alguns à estimulação mecânica e térmica
Alguns a substâncias químicas irritantes, bem como estimulação mecânica e térmica; substâncias químicas como histamina, bradicinina e prostaglandinas são liberadas pelo tecido danificado e despolarizam terminais nervosos do nociceptor próximo, iniciando potenciais de ação na fibra nervosa aferente.
1. O trajeto cutâneo-visceral ou reflexo somático
A manipulação dos tecidos cutâneos moles estimula os receptores sensoriais na derme e na fáscia subcutânea. Como resultado, os impulsos aferentes chegam ao corno posterior da medula espinhal. Aí, realizam sinapse com as células do corno anterior e emergem como impulsos motores, que seguem até os gânglios simpáticos do sistema nervoso autônomo. Os impulsos motores continuam ao longo das fibras pós-ganglionares e terminam no tecido-alvo, especificamente nos músculos involuntários do órgão ou da glândula visceral. Um dos efeitos benéficos da massagem é estimular essas estruturas viscerais por meio desse trajeto reflexo.
2. Reflexo viscerocutâneo
A estimulação dos receptores no interior de uma glândula ou órgão conduz a alterações nos tecidos cutâneos periféricos. A ativação dos receptores do órgão pode resultar, por exemplo, em pressão, inflamação ou toxinas bacterianas. As mudanças que ocorrem na periferia podem ser a vasoconstrição dos vasos sangüíneos superficiais, hiperestesia e dor.
3. O reflexo visceromotor
Um reflexo visceromotor envolve as contrações (tensão) do tecido muscular, voluntárias ou esqueléticas. Resulta de um estímulo, em geral doloroso, que se origina em um órgão visceral. A rigidez muscular pode, portanto, estar relacionada com um reflexo visceromotor, além de estar associada a fatores etiológicos mais diretos.
4. Reflexo abdominal
O toque mais leve na pele do abdome resulta em uma contração instantânea e visível da parede do músculo abdominal. Essa reação involuntária demonstra a sensibilidade do abdome e a necessidade de uma abordagem suave para a masssagem nessa região.
5. O reflexo abdominocardíaco
Consiste em uma alteração na freqüência cardíaca, em geral uma lentificação, resultante da estimulação mecânica das vísceras abdominais. Os movimentos de massagem sobre o abdome realizam alguma manipulação visceral e, portanto, podem também afetar o coração.
O efeito mais freqüente da massagem é a sensação geral de bem-estar, que se manifesta pela atividade autônoma. O relaxamento conquistado com a massagem tem um efeito indireto sobre o sistema nervoso autônomo (SNA) e, em particular, sobre a divisão parassimpática. O relaxamento profundo supostamente aumenta a estimulação parassimpática, e parece que, quanto mais relaxado o indivíduo torna-se durante e após a massagem, maior a estimulação. Um centro primário nesse circuito complexo é o hipotálamo, que controla a maior parte do sistema nervoso autônomo e o integra ao sistema endócrino. O hipotálamo faz parte do sistema límbico e responde aos impulsos recebidos de neurônios sensoriais viscerais e somáticos. Ele também responde a emoções internas como medo, ansiedade, expectativa e relaxamento.
Alguns resultados de pesquisas têm demonstrado a conexão reflexa entre a massagem e as ramificações simpáticas/parassimpáticas do sistema nervoso autônomo. Já foram medidas e observadas algumas mudanças em resposta ao toque da massagem na freqüência cardíaca, pressão sangüínea arterial, temperatura cutânea periférica, freqüência respiratória, resposta cutânea à corrente galvânica, diâmetro das pupilas e temperatura corporal. O contato tátil positivo tem sido associado à estimulação do sistema imunológico (Montagu, 1986). Esses são alguns indicadores da função autônoma; outros resultados, contudo, têm sido variados e, em alguns casos, contraditórios.
Os efeitos da massagem no tecido conjuntivo sobre o sistema nervoso autônomo foram o alvo de um estudo. A massagem no tecido conjuntivo foi administrada a adultos de meia-idade e a idosos; as variáveis monitoradas foram a temperatura cutânea, a resposta galvânica da pele, a pressão sangüínea arterial média e a freqüência cardíaca. O estudo não mostrou alterações significativas durante ou após a massagem (Reed e Held, 1988). Embora contrarie as expectativas, o resultado pode dever-se a diversos fatores. Por exemplo, os efeitos provavelmente são mais importantes em indivíduos com perturbações patológicas, e não em indivíduos sadios, como os que participaram do estudo. Qualquer tensão ou ansiedade, que podem ser sentidas em um ambiente controlado, também influenciam o resultado; nessas condições, os indivíduos podem necessitar de mais tempo para relaxar do que os 15 minutos das sessões realizadas no experimento. Por outro lado, uma resposta reflexa à manipulação do tecido cutâneo, como proposta pela teoria da massagem do tecido conjuntivo, teria realmente um resultado instantâneo.
Em um estudo, foi descoberto que o amassamento causava um aumento imediato e temporário na pressão sangüínea, seguido de uma diminuição (Edgecombe e Bain, 1899). O resultado está de acordo com o conceito de que a massagem provoca um aumento inicial no tônus muscular dos vasos sangüíneos, seguido de fadiga e relaxamento (Mennell, 1920). Outras observações não demonstravam alteração na pressão sangüínea durante ou após tratamentos com massagem (Cuthbertson, 1933). Um estudo mostrou uma resposta parassimpática imediata, que era indicada por uma diminuição na pressão sangüínea diastólica e sistólica; foram observadas também respostas atrasadas, algum tempo depois do tratamento, mas estas variavam de um para outro indivíduo (Barr e Taslitz, 1970).
Pesquisas adicionais relataram um aumento óbvio na sudorese nos períodos de massagem (Barr e Taslitz, 1970). Uma vez que as ramificações simpáticas do sistema nervoso autônomo são o único suprimento para as glândulas sudoríparas, a resposta foi classificada como simpática. Isso, na verdade, contraria outros resultados de pesquisas (Reed e Held, 1988) e até mesmo as observações clínicas. Sob circunstâncias normais, não ocorre maior sudorese no paciente durante a massagem, a menos que o paciente esteja estressado. Os efeitos da estimulação sensorial no paciente pré-operatório foram registrados em outro estudo (Tovar e Cassmere, 1989). Conforme relatos, o toque no paciente cirúrgico - com técnicas como afagos nas costas das mãos - estimula os receptores cutâneos, que, por sua vez, produzem uma resposta de relaxamento gerada pelo sistema nervoso parassimpático. Foi observada uma diminuição tanto na pressão sangüínea quanto na freqüência cardíaca; um aumento na temperatura cutânea também era evidente, mesmo em pacientes ventilados. Isso indica um aumento no fluxo sangüíneo periférico e, portanto, uma resposta parassimpática. A vasodilatação e o aumento na temperatura cutânea podem ser resultado da influência hormonal. Tem sido dito que a massagem influencia os mastócitos para liberarem uma substância similar à histamina, que age sobre o sistema nervoso autônomo. A histamina normalmente está presente no corpo e causa vasodilatação durante o dano aos tecidos. Um estudo sobre os efeitos da massagem no tecido conjuntivo mostrou acentuada hiperemia e uma sensação de calor, que duravam por 6 horas ou mais após o tratamento. Essas alterações podem ser atribuídas a um efeito parassimpático. Entretanto, as glândulas sudoríparas também eram estimuladas, o que aponta para uma resposta simpática (Ebner, 1962,1968,1978).
Pressão da massagem

A pressão do fluxo venoso é muita baixa nos vasos sanguíneos superficiais e também naqueles mais profundos, aos quais tende a não exceder 5-10 mmHg (Mennell, 1920). \ pressão baixa para 0 mmHg (negativa) no nível do átrio cardíaco direito, e a mesma pressão negativa é encontrada na raiz do pescoço, nas veias que fazem drenagem para o crânio. Assim, a massagem pesada no pescoço, que pode ser aplicada com a intenção de aliviar a pressão intercraniana, não é nem eficaz nem necessária (Mennell, 1920). A massagem para o fluxo venoso requer pouco esforço e exige apenas uma leve pressão para movimentar o sangue longo dos vasos. A fácil drenagem do retorno venoso pode ser observada na rápida depleção do membro inferior quando este é elevado com o paciente em decúbito dorsal, desde que nenhuma patologia esteja presente. Um aumento do retorno venoso em uma área tecidual cria mais espaço para o fluxo sangüíneo arterial para a mesma região. Podemos dizer, portanto, que a massagem melhora a circulação por meio da parte que está sendo tratada, e não da parte que se aproxima da área tecidual ou se afasta dela. A pressão pesada ainda resultará no esvaziamento dos vasos venosos, mas também pode afetar as arteríolas e as pequenas artérias onde a pressão é baixa. A aplição de massagem pesada pode impulsionar o fluxo sangüíneo arterial de um modo centrípeto (contra o fluxo arterial), em vez centrífugo (para a periferia); isso pode ocorrer nas arteríolas mais profundas e também nas superficiais (Mennell, 1920). Entretanto, se esse efeito chega a ocorrer, provavelmente é mínimo e de curta duração; o impacto geral da massagem é um aumento no fluxo venoso.

CRÉDITOS AO FACCHINI DA COMUNIDADE MASSOTERAPIA ESTUDOS DE CASOS .
OBJETIVO DA MASSAGEM:
Prevenir as doenças, eliminando o stress, equilibrando a circulação de energia do corpo e fortalecendo o Sistema Imunológico.
Harmoniza e equilibra o Sistema Nervoso, eliminando toxinas e minimizando distúrbios nervosos.
Recupera a vitalidade e o prazer de viver, restabelecendo o fluxo de energia às partes debilitadas do corpo.
Promove uma melhor respiração e assimilação intestinal.
Estimula a circulação dos fluidos sanguíneos.
Diminui a rigidez muscular.
Relaxa e tem efeito anti-stress e antidepressivo.
ÁREAS ONDE A MASSAGEM ATUA:
- Stress - Insônia - Depressão - Ansiedade - Fadiga - Dores de Cabeça - Dores na Coluna -
- Dores Musculares - Bursites - Má Circulação - Obesidade Eliminação de Toxinas - Celulite - Gordura Localizada - Redução de Medidas - Flacidez - Etc...