Massagem: s.f. fricção ou compressão da parte muscular ou de outras partes do corpo para obter resultados terapêuticos."
A palavra massagem deriva do termo francês "masser" que significa amassar.
Diz-se que a massagem é praticada no Médio e Extremo Oriente há pelo menos 5.000 anos. Hipócrates, o "pai da medicina", escreveu no séc. V a.c. que "para se gozar de boa saúde, é preciso tomar um banho perfumado e fazer uma massagem com óleos todos os dias."
A massagem não deve, contudo, ser encarada como um tratamento, por si só, mas sim como uma arte de terapia complementar.
A massagem:
- NÃO é um sistema completo de tratamento, pois estes constituem formas de terapia mais desenvolvidas, incorporando teorias acerca das doenças, métodos de diagnóstico e de investigação de problemas. A massagem pode ser, no entanto, utilizada como uma das técnicas complementares ao sistema, ainda que enquadrada no próprio sistema completo de tratamento. São os casos da Osteopatia, da Quiroprática ou do Ayurvedismo, onde a prática da massagem se reveste de uma enorme importância.
- NÃO é uma técnica de diagnóstico, pois estas pretendem detectar/despistar doenças ou outras disfunções psicossomáticas. A massagem pode ser, no entanto, utilizada como uma das técnicas complementares ao diagnóstico, funcionando assim como um catalizador para o bem estar geral do paciente. Incluem-se aqui os casos da Cinesiologia, do Iridologia ou da Auraterapia.
- É uma terapia complementar, pois não se propõe formular qualquer teoria ou diagnosticar o estado do paciente. Pretende simplesmente contribuir para a melhoria do estado geral de saúde do paciente, actuando como complemento às formas de tratamento convencionais e nunca como substituto. Incluem-se aqui, apenas como exemplo, os casos da Reflexoterapia, da Aromaterapia ou da Hidroterapia.
Uma massagem designada de "clássica" inclui 4 manipulações básicas:
* Deslizamento (movimentos lentos e ritmados)
* Fricção ou Pressão (movimentos pequenos e circulares)
* Batimento / Percussão (movimentos curtos, rápidos e ritmados)
* Amassamento (agarrar e amassar os músculos uns contra os outros)
Para além destas quatro manipulações básicas, ainda podemos encontrar outras formas de manipulação e alguns tipos de massagens que submetam o corpo à vibração.
A massagem é uma arte milenar de cura e auto-cura e tudo deve ter começado com as mãos, pois é com as mãos que naturalmente se alivia uma dor, pela fricção da zona dolorida. Mas hoje em dia já existem outras formas de massajar o corpo sem ser exclusivamente com as mãos; a tecnologia já proporciona muitos instrumentos mecânicos / eléctricos de massagem.
Sendo uma arte tão antiga, não é de estranhar que possam existir várias Escolas e Estilos espalhados um pouco por todo o Mundo. Podemos, assim, perceber o porquê de existirem terapias de massagem tão diferentes umas das outras, apesar de algumas serem também muito semelhantes entre si.
Não devemos esquecer que a massagem é uma importante troca energética entre o terapeuta e o paciente, estimulando uma comunicação profunda baseada no equilíbrio e na harmonia, sendo muito mais que apenas uma série de movimentos sequenciais e ritmados.
PARA QUE SERVE A MASSAGEM ...
É amplamente aceite que a função mais eficaz da massagem é a descontracção do corpo e da mente, aliviando a tensão provocada no dia-a-dia. Contudo, e conforme a técnica utilizada e a velocidade e intensidade dos movimentos, a massagem também pode ser muito estimulante, ao invés de calmante: tudo dependerá do objetivo a atingir.
A massagem é uma forma de tocar o corpo com qualidade, proporcionando descanso em parte do corpo ou no corpo todo.
Em termos estritamente físicos, a massagem destina-se a melhorar os sistemas circulatório, muscular e nervoso e a ajudar também o corpo a assimilar os alimentos e a eliminar os produtos residuais. Em termos psicológicos e emocionais, os seus efeitos calmantes e tranquilizantes contribuem decisivamente para a melhoria do bem estar das pessoas.
Aqui ficam alguns dos benefícios que o paciente pode esperar de uma massagem:
- bem-estar imediato;
- melhoria do sistema circulatório geral;
- fortalecimento do sistema imunológico;
- diminuição da tensão;
- redução de ansiedade;
- tonificação muscular.
A massagem faz-se, geralmente, com o paciente deitado, em decúbito dorsal ou ventral, numa marquesa de massagem. Contudo, há técnicas de massagem (manipulativas ou não) que são efectuadas com o paciente sentado, em pé ou mesmo deitado de lado. As técnicas a utilizar bem como a posição do paciente para a sua prática vão depender em grande parte do Tipo de Massagem a que se está a submeter.
Há, ainda assim, um certo conjunto de regras que devem ser respeitadas a fim de tornar a massagem uma experiência gratificante, única e repetível:
* Dê a massagem numa divisão sossegada e com temperatura agradável
* Utilize uma superfície firme mas confortável
* Tenha um lençol ou toalha turca à mão para cobrir a pessoa
* Se necessário, utilize uma almofada mole para a cabeça
* Mantenha um ritmo regular
* Se utilizar óleos para a massagem, certifique-se de que são adequados
* Não deite o óleo directamente na pele da pessoa
* Não continue a massagem se se sentir cansado ou ofegante
* Não use anéis, colares ou pulseiras quando fizer uma massagem
* Se utilizar música ambiente, certifique-se de que é relaxante
* Certifique-se que no final a pessoa não apanha correntes de ar frio
Devemos chamar a atenção para o seguinte: não há um tipo ideal de massagem nem um único tipo correcto de massagem.
Se um paciente achar que a massagem não está a ser bem feita, podemos encontrar, no mínimo, estas três razões:
# O terapeuta pode estar a aplicar técnicas de massagem que podem não ser as mais indicadas para a situação em tratamento, ou por falta de um diagnóstico correcto ou simplesmente por engano;
# O terapeuta não conseguiu detectar qual o verdadeiro problema da pessoa e tenta conseguir com a massagem aquilo que ele não consegue fazer, para não passar a imagem de desconhecimento ou incompetência;
# O terapeuta diz-se massagista, mas ou não sabe o que é a massagem ou está a usá-la para outro fim diferente do da promoção do bem estar integral.
Uma vez que a massagem é uma terapia de contacto, está obviamente sujeita a um certo grau de pressão sobre o corpo do paciente. A intensidade da pressão exercida é muito importante, pois vai influenciar o processo de reequilíbrio energético.
Apesar de ter inúmeras aplicações e vantagens, há que ter atenção especial na utilização da massagem, pois a sua prática pode não ser adequada para pessoas que tenham problemas de varizes, pele inflamada ou infectada, denotem algum estado febril, epilepsia, dores agudas ou persistentes, etc.
Para além de haver certas regras de massagem, também as há para a Não Massagem:
- Não massagear uma zona inflamada ou com lesões visíveis;
- Não massagear as cartilagens de conjunção das crianças;
- Não massagear um calo ósseo nem articulações com lesões;
- Não massagear o ventre das grávidas a partir do 3º mês;
- Não massagear um paciente com o estômago cheio ou bexiga cheia.
É sempre aconselhável a consulta ao seu médico assistente antes de fazer uma massagem, excepto se a massagem se destinar simplesmente ao relaxamento e não como uma forma de terapia complementar para o alívio de certo tipo de doença.
Relembramos que qualquer massagem em pessoas doentes deve ser sempre prescrita por um médico e executada por um terapeuta qualificado.
A prática da massagem traz inúmeros benefícios ao paciente, mas deve-se estar sempre alerta para eventuais perigos, nomeadamente em casos de abuso na sequência de tratamentos. Um tratamento deve ser correctamente planeado para permitir ao paciente o descanso necessário entre sessões. Como é costume ouvir dizer: "tudo o que é demais não presta!"
QUERO alertar para as desvantagens dos excessos da prática da massagem ou para a prática incondicional da mesma quando não seja assegurada a integridade psico-física do paciente.
ADRIANA :TERAPEUTA CORPORAL .
domingo, 19 de julho de 2009
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